domingo, 28 de dezembro de 2008

Sisãchammi

A postagem de hoje traz a música “Mainha”, de Allan Carvalho. Foi gravada no home-studio do músico Fábio Cavalcante em 2006, de forma bem caseira mesmo. No ano seguinte ela participou do Festival da Canção Ouremense.

Confiram essa homenagem feita ao Heitor, filho do Allan, como mensagem de conselho para seguir os passos (mais prudentes) de sua mãe Aninha. Tudo em clima familiar para entrar 2009.

Baixe aqui: http://www.4shared.com/file/77970788/c8fa2c85/Mainha.html


Abraços “sisãchammi” Quaderna


PS: o Heitorzinho inventou a tal palavra, que significa "família" na linguagem do fértil imaginário dele.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Olá pessoal!

Deixamos aqui os nossos mais caprichados votos de felicidade para o Natal e Ano Novo. Que tudo seja mais maravilhoso para cada um de vocês! Beijos sonoros no coração!
Grupo Quaderna

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A Arte de Teresa Bandeira - Marabá-PA.

Vídeo produzido pelo GAM - Galpão de Artes de Marabá, do qual faz parte a nossa amiga Deíze Boltelho (que autorizou a postagem), trazendo a incrível artista Teresa Bandeira.
Obs.: Teresa está como convidada especial do Arte Pará 2008 na exposição intiutlada "Outros Teritórios", no GAM, em Marabá.


Abraços do Quaderna!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CARTA QUE RECEBEMOS DO LUIZÃO SOBRE EDU LOBO!!!!

Agradeço as notas de divulgação do show do Edu Lobo, em Belém, na Troppo. Mas, tenho um comentário crítico ao ser humano Edu Lobo. Nada sobre o músico, compositor de obras primas.
Conheci pessoalmente Edu Lobo, em 1978, no projeto Pixinguinha ao lado do quarteto vocal Boca Livre no Teatro da Paz. Eu era funcionário da Secretaria de Cultura, lotado no Teatro, como técnico de som, entre 1977 e 1984. Hoje estou na Funtelpa - Rádio Cultura FM. À época, profissional, não tive contato pessoal com o grande Edu. Porem, tornei-me amigo do grupo vocal Boca Livre, em início de carreira. Trinta anos após, eu e o pessoal do Boca, somos irmãos e amigos. Admiro-os, não só pelo trabalho mas, pela personalidade, caráter, humildade, simplicidade e dignidade dos verdadeiros artistas, Maurício Maestro, Zé Renato, David Tygel e Lourenço Baeta. Considero a formação do Boca Livre interativa e perfeita.
Ano passado, sonhei trazer o Boca Livre e Edu Lobo, juntos, pra realizar um show em Belém. Não deu certo.
Apenas o Boca Livre veio ao Teatro da Paz.
Ali, no mesmo lugar que consagrou Edu e Boca, no show memorável de 1978, que lotou os 850 lugares do Teatro da Paz, o Boca fez a platéia delirar relembrando, 30 anos passados, o grande sucesso que o grupo alcançou. Os agradecimentos ao público que nunca os esqueceu tinham reconhecimento. Esses são os verdadeiros artistas! Não esquecem o seu público. Não escondem o rosto com a máscara fria da fama.
Pois bem, o sonho continuou.
Com coragem, eu e alguns patrocinadores e parceiros decidimos trazer Edu Lobo, meu ídolo até então, para uma apresentação em Belém, acompanhado dos seus músicos maravilhosos. Durante 3 meses enfrentamos todas as dificuldades. Não desistimos. A paixão pela obras primas do cantor e compositor não deixou que desistíssemos. Trouxemos Edu Lobo. Realizamos o velho sonho.
Das mordomias exigidas no contrato a única não cumprida foi o Hotel. Solicitado um hotel 5 estrelas entrei em contato com a produção e pedi ajuda na troca por um 4 estrelas (Regente Hotel), onde tínhamos apoio para pagamento das diárias. A produção questionou, mas aquiesceu.
Sexta feira, 05 de dezembro de 2008, lua crescente, Dia Internacional do Voluntário, 14:00, Aeroporto Internacinal de Val-de-Cans, eu, Luizão, estava preparado para receber o consagrado Edu artista e sua equipe, nos respectivos transportes exigidos em contrato: uma van e um carro executivo.
Diante do ídolo, ao lado da sua produtora, apresentei-me e, entusiasmado, relembrei a histórica data no Teatro da Paz, 30 anos passados. Meu contratado artista resmungou 3 palavras e entrou no automóvel. Os músicos que o acompanham entraram na Van.
No Hotel Regente, a primeira confusão. Meu ídolo não gostou da “espelunca”, palavras da simpática produtora, Hotel Regente. Caprichoso exigiu o Hilton. Apesar da aquiescência anterior nós, agora, concordamos em mudar a acomodação da estrela. De forma solerte e capciosa, só soubemos após, a produtora, nervosa e ladina, acomodou o seu melindroso artista em Suíte Presidencial. Infeliz surpresa na hora de pagarmos a conta.
A estrela máxima, Edu Lobo, recusou-se, através da sua delicada produtora, de qualquer entrevista com a imprensa. Um dos motivos seria o elevado desgaste que o compositor sofrera quando precisou deslocar-se do Regente ao Hilton. Devemos considerar que a nossa maravilha não carregou as bagagens.
Pensei na quantidade de músicas bonitas do Edu, olhei aquele rosto bochechudo e simpático de menino sereno inteligente e cai na verdade do ostracismo que ele habita.
O sucesso só é perene aos simpáticos. Mesmo compositores e músicos que vivem de trabalhos passados.
O show foi bonito. Muita gente. E no final uma ducha: Edu só voltou ao palco para o bis – e olha que a massa gritava, pedindo – por interferência da simpática produtora que transmitiu ao pé do ouvido do bardo o que todo mundo pedia. E ainda assim, nossa estrela melindrosa voltou ao palco exibindo um sorriso sarcástico e cínico de desprezo ao público.
Edu Lobo passou 30 anos sem vir a Belém. Ao voltar comportou-se como bicho do mato. Belém é quente, também do calor das pessoas. O povo não fede.
A obra do músico Edu é irretocável. O comportamento do humano Edu Lobo é deplorável.
Continuamos fãs do artista, mas é melhor que o escutemos somente através de gravações.
Um abraço.
Luizão

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Tocadas do Quaderna

1 - Nesta quarta-feira, dia 03 de dezembro, às 20h, o Teatro Waldemar Henrique abre suas portas para celebrar a vida e contribuir com aqueles que lutam por ela. A Associação Voluntariado de Apoio a Oncologia (AVAO) será presenteada com o Show "Vida", onde 14 artistas se revezarão no palco, buscando sensibilizar a sociedade para questões possíveis de colaboração e também engajamento.

Participações: Reginaldo Viana, Alcyr Guimarães, Dayse Addario, Grupo Quaderna, Marcelo Sirotheau, Patrícia Rabelo, Igor Barros, Fernanda Barreto, Débora Vasconcelos, Henrique Senna, Bob Freitas, Bernardo Miranda, André Leemax e o humorista Marcio Rabello.

Ingresso: 1 Kg de alimento não perecível.
Informações: 81363817

2 – Na noite deste sábado, 06/12, o Quaderna estará em Ourém, tocando no encerramento de um festival lítero-musical. "Já-já" coloco maiores informações sobre o evento, ok?!...
Obs.: na sexta, Allan Carvalho estará dando uma "canjinha" na Escola Estadual de Ensino fundamental e Médio "Domingos Acatauassu Nunes". Fica ali na Travessa Mauriti, próxima à Avenida Perimetral. O evento é o "Sarau Cultural", com apresença de escritores paraenses.
Abraços do Quaderna!

"Balada para um louco"...


A postagem a seguir traz minha homenagem a um homem que conheci bem garoto, início dos anos 80. Era um músico de muito talento, de uma imponência que carimbava qualquer um. Ele aparecia - nos eventos que meu pai inventava - com sua a viola, um canto marcante, num repertório visceral, como a sua maneira de levar a vida.

Perambulou parte da minha infância, tornando-se um quase “mito”, sensação que se acentuou ainda mais quando passou sumido nos anos que seguiram. Depois ainda tivemos um novo e rápido contato com essa figura, no começo dos anos 90. Eu já compreendendo ali que a sua vida visceral lhe tragava com os vícios da noite. Ele, nessa lacuna de tempo, tinha contraído hanseníase, no corpo e na alma. Uma dura pena!

Fim de novembro de 2008, ele reapareceu, inacreditavelmente (pra gente). Ainda resiste como Walter Morales (71), na triste Colônia do Prata (Igarapé-Açu/PA), onde residem outras tantas vítimas da doença que o consome. Esse reencontro se deve à prof.a. Socorro Barbosa que atua bravamente em sua profissão neste ambiente de pessoas resistentes ao antigo descaso.

Morales trouxe as velhas novidades: um canto estiloso, de interpretação rara; a simpatia, que o fez não ser esquecido; a dor de ser um pobre brasileiro(registrado em Xapuri/AC), embora tenha nascido na Bolívia.

Entre tantas canções populares no link a seguir, seguem composições próprias de Walter, tocadas no seu violão, amanhecido, em 1983, numa daquelas mil festas que citei a pouco, boladas por meu pai (o Sales). Vez ou outra aparece um cavaquinho, o qual era tocado por outra figura ímpar – Ponês. Não reparem tanto, pois estão cheios da noite...


Ouça aqui Walter Morales (gravação retirada de um idoso K7):
http://www.4shared.com/file/73812023/bad2c19f/Walter_Morales_-1983.html


Importante: (1) Walter participou do filme de Líbero Luxardo, “Brutos e Inocentes”, em 1974. Ele assinala numa “palhinha” cantando a sua música “Meu Canto É Livre”, a qual disponibilizo um trecho no link acima. A informação foi confirmada por Iracema Oliveira, nome ilustre da cultura paraense, a qual também participou do filme como parteira(ela, inclusive, cantarolou a referida música quando perguntei sobre os detalhes do filme, durante a peça "Iracema Voa" (de Ester Sá) em sua homenagem, dia 15.12.08, no IAP. Ela se emocionou ao saber que Morales está na ativa, mesmo no Prata). (2) Ele anda doido atrás de informações sobre seus familiares. Acredita que ainda estão vivos o seu filho Rômulo (por Belém) e sua irmã que mora no RJ, em Copacabana. Será que tem como ajudá-lo nestes casos?
OBS: o título da postagem foi “Balada para um louco” porque ele interpretava lindamente essa pérola do Astor Piazzolla, em parceria com Amelita Baltar. Como não a tenho listada nesses MP3, segue a filmagem caseira dele – já bem senhor – interpretando-a (sem áudio). Isso foi no dia 30.11.08, no reencontro, na Praça do Carmo, Belém-PA. Percebam a riqueza dos gestos!

Trecho da letra: “quer-me assim maluco, maluco, maluco? Abre os amores que vamos tentar a mágica loucura total de reviver... Vem, voa, vem”...

Pra fechar! Comentando depois essa música com o Morales, ele ressaltou: “de tanto cantar isso, eu já até pensei que seria esse ‘louco’”.


Quem quiser escutar a música, segue o link de uma fina interpretação no youtube:
http://br.youtube.com/watch?v=XLVJxxq0ncU

Abraços do Quaderna Allan Carvalho!